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coma profundo
Achilles Romanato Pandini – fevereiro de 2006

morte, nossa grande mestra

Se queres bem empregar a tua vida, pensa na morte.

A MORTE tem sido definida como o fim da vida, a extinção das funções vitais e o início da decomposição do corpo. Corresponde à derradeira etapa na existência de todo ser vivo, animal ou vegetal, pois todos nascem, atingem uma fase adulta, caracterizada pela capacidade de se reproduzir, envelhecem e morrem. Além disso, em todo corpo vivo, a morte é uma presença constante, pois células morrem e outras nascem em substituição às mortas. E isso tudo, sem que o percebamos.

No transcurso de sua existência, o homem é obrigado a pensar, inúmeras vezes, na morte, e sua ocorrência fatal. Bem que tenta fugir do assunto e de seu raciocínio terrível:- um amigo se foi. Deixou a convivência de seus amigos. Resta, após o fato, o vazio ocasionado pela ausência daquele que “partiu”, e, passado algum tempo, nada mais que vagas lembranças. O esquecimento advém, e eventualmente, em alguma data específica, o morto será lembrado. Essa circunstância se aplica normalmente, tanto aos conhecidos, amigos, familiares, quanto aos inimigos, e àqueles que pouco conhecemos.

Pouco, ou quase nada, se pensa a respeito da morte principalmente no seio da família. Talvez por ser a ocorrência mais dolorosa, talvez por acharmos que este fenômeno somente ocorre com os outros, talvez por seu instinto de conservação falar mais alto que a razão. O fato é que todos morrem. Todos, sem exceção.

Essa realidade, a de todos morrerem, se meditada, acorda a todos, para a vida.

A frase usada no frontispício deste texto, nos incita à meditação. Meditarmos na grande mestra de nossas vidas.

Pensemos…

A morte tem uma grande unanimidade:

Não é aceita por ninguém;

Não é prevista, por ninguém, no seio da família;

É motivo de preocupação para todos, mas em relação aos “outros”;

Ela só acontece na casa do vizinho, para todos;

Ela é apenas uma porta, para o espiritualista;

Ela representa o fim de tudo, para o materialista;

Tais os sentimentos inerentes ao espírito humano diante da morte.

Porém, de alguma forma, todos sentem que morrer é impossível, e a ideia da morte como o fim de tudo, causa espanto, repulsa, sendo frontalmente oposta ao instinto de conservação, que se bem analisado, nos diz que apenas o corpo morre.

Ora, diante de uma análise bem feita, verificando que a morte do corpo físico não é o fim, e sim apenas a porta de passagem ao outro mundo, o mundo além da matéria, entenderemos porque ela não é considerada pela maioria das pessoas.

Cientes, embora de uma forma não racional, que o que morre é apenas o corpo físico, consegue-se entender as razões de o homem, apenas de alguma forma, ter se preocupado com o assunto desde longa data.

Temos uma citação bastante instigante:-

“Quando o homem morre, perde toda a sua força e expira; depois, onde está ele? Se o homem morre, tornará a viver? Esperarei todos os dias de meu combate, até que chegue a minha transformação?”

Em JOB, (capítulo XIV, versículos 10 a 14) na tradução de Osterwald, para os protestantes.

Instigante, inquietante mesmo, pois nos leva a pensar em outras vidas (depois, onde está ele?), pluralidade das existências materiais (tornará a viver?) e a pensar que o além túmulo será o local no qual encontraremos todos a quem amamos (Esperarei todos os dias de meu combate), e em evolução do espírito (até que chegue minha transformação).

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