A Assistência Social como atividade humana, no aspecto material, tem como enfoque a PROMOÇÃO DO SER HUMANO, para mantê-lo no seio da sociedade em que está inserido. Estando nela integrado o indivíduo trabalha, constitui sua família, exerce suas obrigações, e consequentemente usufrui seus direitos. Em última análise – o objetivo maior da assistência social é ajudar na transformação do assistido de “ser dependente das instituições”, em cidadão cônscio de seus deveres e direitos.
Embora o objetivo bastante amplo e generalista, esse enfoque é utilizado por todos os serviços sociais, baseados nos fatos e ocorrências diárias, acontecidos com uma parcela da população de baixa escolaridade, de quase nenhuma noção de suas obrigações sociais, praticamente indisciplinados em relação a trabalho e a estudos, e vivenciando inúmeros conflitos familiares, os quais quase os inabilitam a atividades básicas, como sejam trabalhar para o sustento da família e a si próprio, busca de melhorias pessoais, para posicionar-se em um substrato social mais elevado, e a melhora consequente ao grupo familiar.
O objetivo maior, qual seja, o intuito de harmonizar o ser humano em seus conflitos particulares, sejam familiares ou no local de seu trabalho, é bastante difícil de ser atingido, pois a reeducação de qualquer pessoa é algo que passa obrigatoriamente pela vontade do assistido, e isso nem sempre existe.
Quando, sobre o assunto, passamos a raciocinar em termos Espíritas, percebemos algo a mais na aplicação dos conceitos da Assistência Social. Na sua forma tradicional ela vê apenas o homem de carne e osso. No conceito Espírita, temos em primeiro lugar a existência do Espírito, ou o ser inteligente que habita um corpo de carne temporariamente para realizar determinadas tarefas. Temos, na sequência, o detalhe da reencarnação, a qual nos traz toda uma necessidade reeducacional, tanto de caráter intelectual quanto de caráter moral. E, esta última sempre tem se mostrado a mais complicada e mais difícil de ser realizada. Como consequência, precisamos considerar que a Assistência Social Espírita deve abranger o SER HUMANO INTEGRAL – CORPO E ESPÍRITO.
Sabemos que todos somos espíritos em evolução, sem nenhuma exceção, neste planeta. Portanto a Assistência Social Espírita acaba por ser um socorro caridoso para com todos os assistidos na casa Espírita.
E, no que consiste a Assistência Social Espirita?
Para os que buscam a Assistência de caráter material:
Atendimento imediato de suas necessidades urgentes, como fornecimento de roupas e alimentos. Aí passa-se ao atendimento identificador, das pessoas e suas necessidades. Encaminhamento, se o caso, aos atendimentos de caráter espiritual, que compreendem orientação familiar visando o equilíbrio do grupo. Inscrição em aprendizados voltados a atividades de geração de renda complementar. Orientação escolar aos que estiverem na faixa etária. Devem também serem encaminhados ao aprendizado do Evangelho, com esclarecimentos sobre o Espiritismo, e aplicação dos passes Espíritas em todos. Isso mandatoriamente, por se tratar de uma casa Espírita. Para que isso ocorra, é necessária a existência de áreas educacionais dentro da Instituição, agindo em conjunto com a área assistencial.
Esses atendimentos objetivam proporcionar a essas pessoas a sua libertação. Libertação da dependência do socorro externo, gerador da figura de “vítima”, libertação da prisão psicológica fazendo-o sentir-se um ser independente, responsável pelas suas ações, e principalmente que o seu futuro depende do que for feito o seu presente. Essas libertações dos espíritos socorridos, possibilitam a assistência ser temporária, não ferindo a dignidade da pessoa.
Nesse tipo de ação, a caridade no conceito básico de Kardec – A Caridade é a alma do Espiritismo – estará sendo praticada.
Não à toa, o Codificador deu ao capítulo em que estuda a caridade, o capítulo XV de O Evangelho segundo o Espiritismo o título – FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.
Uma última observação: todos os encarnados na Terra, sem nenhuma exceção, são espíritos em evolução. A evolução, via de regra, ocorre primeiro no intelectual, e depois no moral. É obrigação da casa espírita orientar a todos seus frequentadores da obrigação de cada um, na busca da evolução equilibrada, pois, também aqui, todos sem exceção, são assistidos pela casa Espírita.
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